segunda-feira, 14 de julho de 2014

Estiagem baixa nível do rio Tietê e revela lixo acumulado em Salto/SP

A maior seca do rio Tietê nos últimos 70 anos revelou na região de Salto (SP) um cenário que é o retrato da falta de cuidado com o meio ambiente. Todo o tipo de material que vem pelo rio pode ser encontrado: é possivel ver garrafas pet, embalagens e resíduos de todo o tipo. Toda a sujeira ficou mais visível depois da maior estiagem das últimas décadas. Tudo está acumulado há muito tempo, mas ninguém sabe ao certo desde quando.
Em relação ao período da cheia, o nível do Tietê baixou 8 metros. A sujeira vem da capital e outras cidades do Alto Tietê. Segundo o secretário do Meio Ambiente de Salto, João de Conti Neto, o serviço de limpeza é difícil por causa do local. “A gente tem que ter uma equipe especializada. Vamos ter que entrar com rapel em algumas áreas, é um serviço que não é fácil, por isso temos que nos preparar e não colocar nenhum funcionário em risco.”
O próprio secretário comenta que já viu muito material diferente boiando no rio. Uma ilha no local, com mata preservada, está cheia de sujeira que ficou encalhada. “Já vimos de tudo. Capacete, bola, outro dia passou um manequim e chamou a atenção. O pessoal pensou que era alguém”, diz.
O bombeiro civil Washington dos Santos lamenta a situação em que se encontra o rio na cidade. “É triste demais. E pensar que isso era limpo, o pessoal pescava aqui. Agora é muito triste ver assim”.
Para o saltense Leonel Buzzo, o que fizeram com o rio é uma falta de respeito. “É uma vergonha. Tem caçamba para retirar o lixo e o povo continua jogando [lixo no rio]“, argumenta.
Para fazer a limpeza vai ser preciso muito investimento, além da ajuda da população para não fazer do Tietê um depósito de lixo. Já os moradores esperam que esta operação seja feita em breve para que voltem a ter orgulho do ponto turístico. (Fonte: G1)


Negociação climática da ONU para acordo sobre emissões tem avanço

As negociações da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o clima tiveram um pequeno progresso em direção a um texto para um acordo em 2015 que una todos os países para reduzir as emissões dos gases do efeito estufa.
O debate, que estava se encaminhando para um desfecho neste sábado, atraiu cerca de 1.900 diplomatas de 182 países até Bonn, na Alemanha. O objetivo era alinhar o que seus líderes estarão dispostos a assinar no próximo ano para combater as emissões, que cientistas, apoiados pela ONU, dizem que causarão inundações mais graves, secas e elevações do nível do mar.
Negociadores e observadores disseram que sinais de ações da China e dos Estados Unidos, os dois maiores emissores do mundo, tinham aumentado as esperanças, mas alertaram que as negociações poderiam não dar certo a não ser que os países ricos invistam bilhões de dólares em ajuda para os países mais pobres até o fim do ano.
“Estamos chegando ao ponto em que todas as partes têm uma sensação de confiança de que podemos agir em conjunto para combater a mudança climática, mas minha maior preocupação é o dinheiro”, disse Seyni Nafo, um enviado do Mali, representando um bloco negociador de mais de 50 países africanos.
Os países desenvolvidos concordaram em 2009 em aumentar a ajuda aos países em desenvolvimento para 100 bilhões de dólares por ano até 2020, mas o “Fundo Climático Verde” da ONU criado para canalizar as linhas de fundos está vazio depois do seu lançamento, no mês passado.
Nafo disse que entre 7 e 8 bilhões de dólares prometidos eram necessários até o fim do ano para iniciar projetos como a instalação de sistemas de energia solar ou esquemas de segurança para ajudar produtores a lidar com a perda nas safras. (Fonte: G1)