Animais em Extincao na Mata Atlântica
Desde muito anos atrás, vários animais que compunham a fauna da Mata Atlântica, vem sendo extinguidos da Terra. As principais causas desse desaparecimento estão nas atitudes inconscientes que o próprio ser humano vem exercitando, o que implica na vida animal como um todo. São realizadas queimadas e desmatamento desnecessárias nas áreas verdes, captura ilegal e tráfico de animais, além do grande problema da poluição de rios e afins.
A Mata Atlântica constitui um dos maiores habitat de uma diversidade de animais, justamente porque tem uma extensão territorial bastante representativo, possuindo aproximadamente 100 mil quilômetros quadrados. Por causa da condição climática provocada pela aglomeração de árvores, muita espécies da fauna e flora se tornam provenientes desse ambiente. Estão presentes – mamíferos, anfíbios, aves, peixes, répteis e milhares de tipos de plantas, muitos ainda sem nomenclatura.
Cerca de 567 espécies de animais da Mata Atlântica são endêmicas, o que indica que as mesmas são específicas desse bioma, não podendo suceder em outros ambientes. Mesmo sendo considerada como a maior floresta tropical do mundo junto a Amazônica, a Mata Atlântica apresenta o maior número de espécies da flora e da fauna ameaçadas de extinção. A diversidade vem sendo diminuída a cada ano por causa da intervenção do homem ao deteriorar os hábitats da vida animal com a expansão de atividades pecuaristas e agrícolas, urbanização mal planejada e etc.
Vários planos ambientes estão sendo desenvolvidos a década a fim de diminuir esse impacto irreversível causado pela extinção das espécies. Alguns líderes políticos e vários ambientalistas tentam de todas as formas, bloquear o processo de extinção através de estratégias demonitoramento, fiscalização e aplicação de penalidades aos praticam qualquer prejuízo a fauna e flora.
Todos os anos os órgãos relacionados a preservação do meio ambiente, apresentam uma lista contendo as espécies de animais que estão ameaçados de extinção, especificando o nível que dá possibilidade para que aconteça. As espécies ameaçadas portanto, são as que se encontram em perigo de extinção, já as espécies extintas da natureza, são os tipos que somente podem ser encontrados nos cativeiros mantidos em reservas ambientais.
Segue abaixo na lista, algumas espécies de animais em extinção da Mata Atlântica:
Compreendendo uma área de cerca de aproximadamente 100 mil quilômetros quadrados, a Mata Atlântica apresenta grande diversificação tanto na sua fauna, quanto na sua flora. Abrangendo grande parte da região litorânea brasileira , a Mata Atlântica é considerada uma das florestas tropicais mais importantes do mundo.
Além de apresentar uma rica biodiversidade, a Mata Atlântica é o bioma que abriga uma das árvores mais importantes e famosas do Brasil, o pau-brasil. Por ser um bioma bastante extenso e por apresentar grande diversificação na sua biodiversidade, a Mata Atlântica tem se tornado alvo vuneravél do desmatamento, devido aocorte ilegal de árvores, as queimadas e devido a poluição ambiental.
Além desses fatores que causam significativas alterações no habitat de diversas espécies de animais, a caça ilegal e o contrabando de animais tem causado o processo de extinção não só do bioma Mata Atlântica, más também das inúmeras espécies de animais que nela habitam. Segue logo abaixo uma breve lista contendo informações sobre as principais espécies de animais ameaçados de extinção na Mata Atlântica.
Fauna – Espécies de Animais Ameaçados de Extinção na Mata Atlântica:
Classificação Científica:
Nome Popular: Mico-leão-dourado
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Espécie: L. rosalia
Ordem: Primates
Género: Leontopithecus
Subordem: Haplorrhini
Infra-ordem: Simiiformes
Família: Cebidae
Subfamília: Callitrichinae
Nome Popular: Mico-leão-dourado
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Espécie: L. rosalia
Ordem: Primates
Género: Leontopithecus
Subordem: Haplorrhini
Infra-ordem: Simiiformes
Subfamília: Callitrichinae
Classificação Científica:
Nome Científico: Alouatta seniculus
NomePopular: Bugio / Guariba
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Cebidae
Espécies: 5
Subespécies: 21 do gênero Alouatta
Nome Científico: Alouatta seniculus
NomePopular: Bugio / Guariba
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Cebidae
Espécies: 5
Subespécies: 21 do gênero Alouatta
Classificação Científica:
Nome científico: Myrmecophaga tridactyla
Nome Popular: Tamanduá bandeira
Ordem: Edendata.
Família: Myrmecophagidae.
Nome científico: Myrmecophaga tridactyla
Nome Popular: Tamanduá bandeira
Ordem: Edendata.
Família: Myrmecophagidae.
Classificação Científica:
Nome científico: Priodontes maximus
Nome vulgar: Tatu-canastra
Classe: Mammalia
Ordem: Edentata
Família: Dsypodidae
Nome científico: Priodontes maximus
Nome vulgar: Tatu-canastra
Classe: Mammalia
Ordem: Edentata
Família: Dsypodidae
Classificação Científica:
Nome Científico: Anodorhynchus glaucus
Nome Popular: Arara-azul-pequena
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Psittaciformes
Família: Psittacidae
Espécie: A. glaucus
Nome Científico: Anodorhynchus glaucus
Nome Popular: Arara-azul-pequena
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Psittaciformes
Família: Psittacidae
Espécie: A. glaucus
Classificação Científica:
Nome Científico: Anodorhynchus glaucus
Nome Popular: Onça Pintada
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Psittaciformes
Família: Psittacidae
Espécie: A. glaucus
Pesquisadores brasileiros conseguiram provar, pela primeira vez, que extinção de tucanos está alterando a seleção natural de árvores como a palmeira do palmito juçara
O tucano do bico preto é um importante dispersor de espécies de plantas da Mata Atlântica
Foto: Guto Balieiro
O sabiá-una só consegue se alimentar dos frutos menores e portanto não dissemina as sementes maiores de palmito juçara
Foto: Lindolfo Souto
A jacutinga, que habita a Mata Atlântica, corre risco de extinção
Foto: Edson Endrigo
Araçari-poca come um fruto de palmeira na Mata Atlântica
Foto: Edson Endrigo
Imagem mostra diferença de tamanho entre frutos da palmeira
Foto: Marina Côrtes
O palmito juçara é a palmeira dominante na Mata Atlântica e sua disseminação é feita a partir dos pássaros que se alimentam de seus frutos
Foto: Mauro Galetti
A análise de 22 áreas da Mata Atlântica no Sudeste do País mostrou pela primeira vez que a ação do homem está afetando a evolução de árvores. É o que aconteceu com a palmeira do palmito juçara, que tem tanto frutos com sementes grandes quanto pequenas, mas que futuramente deverá ter apenas as sementes pequenas.
De acordo com o estudo coordenado por Mauro Galetti, da Universidade Estadual Paulista (UNESP), em fragmentos de floresta onde espécies de tucano como o de bico preto (Ramphastos vitelinus), araçari-poca (Selenidera maculirostris) e também as arapongas foram extintos, as palmeiras juçaras (Euterpe edulis) produziam frutos pequenos. Já em áreas com estes pássaros existiam palmeiras com frutos de diversos tamanhos. Com este cenário, a tendência é que futuramente existam apenas palmeiras menores com palmitos menores nestas áreas onde os tucanos foram extintos.
Galetti explica que as palmeiras produzem frutos com sementes grandes e pequenas, porém apenas os tucanos conseguem engolir os frutos maiores e regurgitar as sementes, disseminando novas palmeiras na Mata Atlântica. As sementes menores são disseminadas por outros pássaros, como os sabiás, por exemplo.
As principais causas da extinção dos tucanos e, consequentemente, a alteração da evolução da palmeira estão na fragmentação da Mata Atlântica e na caça aos pássaros. Apenas sete caçadores ouvidos pelos pesquisadores afirmaram ter abatido 500 tucanos em um ano. A ave é apreciada na culinária, e também por causa de suas penas, usadas em adornos como brincos.
Leia mais:Especialistas temem pressões sobre Mata AtlânticaApenas 12% da área original da Mata Atlântica está preservada, diz IBGEFauna encolhe mais que o esperado em fragmentos da Mata AtlânticaBrasil detém segunda maior área florestal do planeta
Péssimas previsões
“Sem os tucanos, as sementes grandes cai no pé da fruta mãe, a polpa da fruta não é retirada e a semente não germina. Com o tempo só haverá sementes pequenas, que perdem água mais facilmente, pois a superfície de contato ser maior. Com as mudanças climáticas e a previsão de períodos mais secos e severos a tendência é que as sementes pequenas não terminem a germinação e as palmeiras menores desapareçam também”, disse ao iG Mauro Galetti autor principal do estudo publicado esta semana no periódico científico Science.
“Sem os tucanos, as sementes grandes cai no pé da fruta mãe, a polpa da fruta não é retirada e a semente não germina. Com o tempo só haverá sementes pequenas, que perdem água mais facilmente, pois a superfície de contato ser maior. Com as mudanças climáticas e a previsão de períodos mais secos e severos a tendência é que as sementes pequenas não terminem a germinação e as palmeiras menores desapareçam também”, disse ao iG Mauro Galetti autor principal do estudo publicado esta semana no periódico científico Science.
Atualmente restam apenas 12% da cobertura original da Mata Atlântica, e mais de 80% dos remanescentes florestais são pequenos demais para manterem grandes aves frugívoras. Estes fragmentos também são insuficientes para garantir a sobrevivência de grandes animais que se alimentam de frutas, como antas, macacos, tucanos, pavós e arapongas
Por isto o avanço na perda das espécies de grandes vertebrados na Mata Atlântida está causando mudanças sem precedentes nas trajetórias evolutivas das árvores remanescentes e na composição de muitas áreas tropicais. “As pessoas acreditavam que a seleção natural demonstrada por Charles Darwin há mais de 100 anos levava muito tempo para ocorrer, mas nossos dados mostram que o impacto humano, causando a extinção de aves grandes, seja por caça ou desmatamento, seleciona rapidamente as plantas com sementes pequenas” disse Galetti.
Galetti acredita que o estudo pode ser replicado para outras florestas tropicais do mundo, onde 60% a 90% das espécies de árvores são disseminadas por animais frugívoros. Um exemplo seria as florestas do Congo, que são disseminadas pelos gorilas. “Pela primeira vez conseguimos dados empíricos de que a perda de animais dispersores afeta a evolução de plantas. Isto é um alerta de que o impacto humano sobre as florestas é ainda pior do que pensávamos”, disse.
Para o cientista além da necessidade do reflorestamento é necessário haver o também o refaunamento destas áreas. ”É preciso que se pare com a caça. Em áreas como a Cantareira (SP), Ilha do Cardoso (SP) e também em Ilhabela (SP), onde é realizada a Tucanada [festa onde é servido churrasco de tucano], está cheio de caçadores”, disse.
fonte: http://paraisoweb.com.br/
fonte: http://paraisoweb.com.br/